Boa Voz volume 3
Uma vida (Boa Voz)
O tempo passa, o
tempo passa
E nem sempre a gente
vê
Um dia já fui menino
Ontem eu era rapaz
Hoje me chamam senhor
Quanta coisa
aconteceu
Ao longo de minha
vida
Mas nela tudo valeu
São experiências
vividas
Que coisa boa é
lembrar
Quando veio a
capoeira
Tocou no meu corpo
inteiro
Tocou nos pés e nas
mãos
Entrou na minha
cabeça
Foi morar no coração
Hoje, mais velho
Ainda ouço o berimbau
Tocando com nostalgia
No fundo do meu
quintal
É o meu filho pequeno
Seguindo os passos do
pai
Agradeço a Deus do
céu
Pelo dom que ele me
deu
No meio da capoeira
Ser chamado cantador
Quando eu morrer
Oi iáiá, quando eu
morrer
Não precisa me
enterrar
Ponha na beira do rio
Deixa a água me levar
Quem tem paradeiro
certo
Vai lá pro céu
descansar, camará
Iê viva meu Deus!
Preta Bá (Caxias)
Meu Deus, cadê Preta
Bá, meu Deus
Meu Deus, cadê Preta
Bá, meu Deus
Meu Deus, cadê Preta
Bá, meu Deus
Meu Deus, cadê Preta
Bá, meu Deus
O filho do coronel
Chora no colo de
sinhá
Toda noite quando
acorda
Procurando Preta Bá
Meu Deus...
Preta Bá que o criou
Como se fosse filho
seu
E o menino só vingou
Porque Preta Bá, de
seu leite lhe deu
Meu Deus...
Coronel disse que sim
Ninguém vai dizer que
não
Preta Bá criou seu
filho
Acabou sua missão
Meu Deus...
Preta Bá, batendo o
pilão
Ouviu a voz do
coronel
Negra chegou sua hora
Faça uma prece a Deus
do céu
Meu Deus...
Preta Bá foi
castigada
Por algo que não
cometeu
Mas quando foi
descoberto
Era tarde demais,
Preta Bá morreu
Meu Deus...
Coronel anda calado
Triste a se lamentar
Preta Bá não suportou
O castigo que lhe
mandou dar
Meu Deus...
Quem sabe esse
coronel
Não soubesse o que
fazia
Pois não levou muito
tempo
E sem Preta Bá o
menino morria
Meu Deus...
Sabe Deus pra onde
foi
E eu fico a imaginar
Que o filho do
coronel
Se encontrou com
Preta Bá
Meu Deus...
Sinhá mandou chamar
(Macaco Preto)
Sinhá mandou chamar
Sinhá mandou dizer
Que se o negro não
"vim" vai apanhar
Mas nego não quer
saber
Sinhá mandou
chamar...
Sinhá mandou chamar
Sinhá mandou dizer
Que se o negro não
"vim" vai apanhar
Mas negro não quer
saber
Negro não quer saber
Se vai pro tronco de
madeira
É que o negro esquece
tudo
Quando tá na Capoeira
Sinhá mandou
chamar...
Antigamente
Era assim que
acontecia
Se o negro não
obedecesse
O capitão lhe prendia
Pra bater na covardia
Sinhá mandou
chamar...
Hoje em dia é
diferente
Com a abolição da
escravatura
Corda que amarrou o
negro
Hoje eu trago na
cintura
Sinhá mandou
chamar...
A dor era tanta
Que feriu meu coração
Pois sabia que
apanhava
E o castigo quem dava
era um irmão
Sinhá mandou
chamar...
Histórias de Lemba
(Esquilo)
Histórias de Lemba
Lemba aê Lemba
Histórias de Lemba
Lemba aê Lemba
História de Lemba...
Histórias de Lemba
Lemba aê Lemba
Histórias de Lemba
Lemba aê Lemba
Lemba do barro
vermelho
Como se ouve falar
No terreiro de
Don'Ana
Chama-se Elegba
História de Lemba...
Negro era castigado
Como era de costume
O feitor matou
"Seu" Lemba
Por causa de seu
ciúme
História de Lemba...
Arrancaram a língua
fora
Tiraram a pele do
negro
Deram-lhe um banho de
mel
E o levaram a um
formigueiro
História de Lemba...
Os mais velhos me
contaram
E eu não canso de
dizer
No terreiro de
Don'Ana
Lemba foi aparecer
História de Lemba...
Dendê (Boa Voz)
Quero ver dendê
Quero ver dendê
Na roda de bamba, eu,
Quero ver dendê
Quero ver dendê...
Quero ver dendê
Quero ver dendê
Na roda de bamba, eu,
Quero ver dendê
Agbá é àduní
nagôs, malês e obás
É tata que adupé
Por que eu quero ver
dendê
Quero ver dendê...
E pra quem quiser
dizer, oi iáiá
Que essa língua não é
minha
Preste atenção na
cantiga
Que vosmicê vai me
entender
Quero ver dendê...
É banda lá no
quimbundo
Cangerê que imbelecô
É mo jubá de oió
Por que eu quero ver
dendê
Quero ver dendê...
É tempo que passa, é
tempo
Ai meu Deus
Que esse povo veio de
lá
É preciso entender
Um pouco do seu
cantar
Quero ver dendê...
Tem fome faz ageum
Tá triste é de
calundú
Dinheiro me dê equé
Por que eu quero ver
dendê
Quero ver dendê...
Outro dia escutei
Indaka de afofô
E fui procurar saber
Que é o tal do
falador
Quero ver dendê...
Em toda a cantoria
Eu peço pra ver dendê
Do banto coisa
excelente
Bom mesmo é ter dendê
Quero ver dendê...
Surpreso fiquei ao
ver
Buscando no Iorubá
Que a frase para
sempre
É a palavra àbádá
Quero ver dendê...
Pra oxalá de òrum
Eu peço minha àsálù
E na terra pros meus
òrés
Eu peço pra ver dendê
Quero ver dendê...
Luanda (Boa Voz)
Oh aê! Luanda
Oh aê! Luanda
Oh aê! Luanda
Oh aê! Luanda
A capoeira é de bamba
querer
A capoeira é de
querer bandar
A capoeira é de bamba
querer
A capoeira é de
querer bandar
Quem mandou dizer
Que ia me encontrar
Se isso acontecer
Não vai me pegar
Quem me viu me vê
Quem me vê me viu
Mas se tem mandinga
Tava eu lá, sumiu
A capoeira é de bamba
querer
A capoeira é de
querer bandar
A capoeira é de bamba
querer
A capoeira é de
querer bandar
Pois na capoeira
Posso lhe aformar
Não tem bobo não
Lá só tem bamba
Quem mandou o recado
Já mandei voltar
Pro mesmo endereço
E lá vai chegar
Roupa de homem (Boa
Voz)
Mandei fazer um terno
(mandei fazer um
terno)
(Colega véio)
Pro dia do casamento
Deixei em cima da
mesa
Ainda não era o
momento
Noutro dia bem
cedinho
(Colega véio)
Olha o que me
aconteceu
Meu filho foi pra
escola
Usando o que não era
seu
Ao chegar, a
professora,
(Ai meu Deus)
Olhando pra ele falou
"Moleque toma
seu tino,
Que roupa de homem
não dá em menino
Roupa de homem não dá
em menino
Roupa de homem não dá
em menino
Roupa de homem não dá
em menino
Seus olhos (Boa Voz)
Seus olhos parecem
dois rios rolando pro mar
Quando você chora,
quando você chora
E eu como bom
capoeira não posso negar
Que o meu berimbau
também já me fez chorar
Seus olhos parecem
dois rios rolando pro mar
Quando você chora,
quando você chora
E eu como bom
capoeira não posso negar
Que o meu berimbau
também já me fez chorar
Tem choro de alegria
Choro de tristeza e
dor
Cada um tem seus
motivos
Tem até choro de amor
Seu olhos...
Talvez pela falta de
jeito
Do cabra valente
Quando quer disfarçar
É quando ele mais
sente
Em dados momentos da
vida
É preciso entender
Quando é forte demais
É a hora de ceder
Seu olhos...
Se diz o ditado
Que o homem não pode
chorar
Como posso explicar
Se quando nasce, ele
chora
O Mestre falou (Boa
Voz)
É, meu Mestre falou
assim
Menino não precisa
preocupar
Que a vida que se
leva é essa mesma
E a capoeira não
deixa nada faltar
É, meu Mestre falou
assim
Menino não precisa
preocupar
Que a vida que se
leva é essa mesma
E a capoeira não
deixa nada faltar
Até naquilo que mais
te incomoda
Às vezes você tem que
relaxar
Conversa com teu
Mestre, e vai pra roda
Que a capoeira bota
tudo no lugar
E se o que você quer
é amizade
E ainda mais difícil,
verdadeira
Junte a humildade ao
bom caráter
E só então você vai
pra capoeira
E àquele com
"marra" de valentão
E que faz mais
barulho que ação
Cuidado, camarada, a
capoeira
Não é o que tu
"tá" pensando não
Perguntei:
"Caveira quem te matou?"
Respondo que o calado
é vencedor
Por que o veneno que
sai pela boca
É mais mortal que
aquele que entrou
Em tudo o que se
passa pela vida
O que é mais difícil
de entender
É que pra conseguir
felicidade
É preciso viver e
conviver
Mata fechada (Boa
Voz)
É na mata fechada
É na mata fechada
Quero ver jogar,
capoeira...
Meu saraiá
É na mata fechada
É na mata fechada
Quero ver jogar,
capoeira...
Meu saraiá
Ali tem cobra coral
Aranha carangueijeira
Bom lugar pra se
fazer
A roda da capoeira
Lá na mata fechada...
Tem o canto da
araponga
Junto com o sabiá
Tem até uma caninana
Sempre no mesmo lugar
Lá na mata fechada...
Ali não vai qualquer
um
Cada um tem seu
talento
Pois quem faz o cabra
bamba
É a força de São
Bento
Lá na mata fechada...
De garra e bico
afiados
Voa gavião e gralha
Parece até o capoeira
Quando traz sua
navalha
Lá na mata fechada...
Voa, voa passarinho
Rasteja cobra malvada
Corisco riscando o
céu
Quando ronca a
trovoada
Lá na mata fechada...
Por ali passou
escravo
Construindo esse
caminho
Se você puder sentir
Ali tu não
"tá" sozinho
Lá na mata fechada...
Enrosca o pé no cipó
Ranca toco de
espinhal
Faz a sequência do
Mestre
No toque do berimbau
Lá na mata fechada...
É lugar que tem
mandinga
Coisa que a mim não
compete
Com essa quadra fica
oito
Pra quebrar o número
sete
Lá na mata fechada...
Mariana (Boa Voz)
Nega Mariana
Por que mandou me
chamar
Nega Mariana
Por que mandou me
chamar
Pois não vê que eu
"tô" ocupado?
Lá vem essa nega pra
me perturbar
Ela disse o cumê tá
na mesa
Os moleques chorando
se chegue pra cá
Ela viu quando
acordei cedinho
E botei a cabaça no
sol pra secar
Dei um trato na verga
e no arame
E, falando baixinho,
fui cantarolar
Ela sabe que eu tenho
um chamego
E que tenho medo de
me aperrear
Essa praga de nega
danada
Se vê capoeira, vem
me azucrinar
Por favor, me
desculpe o vexame
Se moça bonita vier
me falar
Essa nega em tudo se
mete
Até meus negócios
quer atrapalhar
Olha lá a roda
"tá" formada
Eu fico pensando em
me aproximar
Por que vai que ela
cisma de ir embora
E sem Mariana não
posso ficar
Maior é Deus (Boa
Voz)
Só eu te conheço
(Só eu te conheço,
colega véio)
Mas você não me
conhece
As aparências enganam
Nem tudo é o que
parece
O senhor é conhecido,
colega véio
Em todo lugar que eu
vou
Precedido pela fama
De todo bom jogador
Eu não sou ninguém
(Eu não sou ninguém,
colega véio)
Mas eu ando por aí
Tocando meu berimbau
Jogando e cantando
assim:
Maior é Deus
Pequeno sou eu
E o que eu tenho
Foi Deus que me deu
Maior é Deus
Pequeno sou eu
Reza forte (Boa Voz)
Se a reza é forte
Do mandingueiro
Deus é maior
Não tenho medo
Se a reza é forte
Do mandingueiro
Deus é maior
Não tenho medo
Fez as suas orações
Falou com a terra e
com o ar
Foi quando olhou pra
mim
E me chamou pra jogar
Rodou pernada pra lá
Rodou pernada pra cá
No jogo do embolador
Eu não sei quem vai
ganhar
Moço não bata no
peito
Quando for roda de
rua
No jogo da capoeira
Outra hora continua
Na vida e na capoeira
Nem sempre é como se
quer
O certo é ter Deus no
peito
Muita força e muita
fé
Explique por que
(Mobília)
Meu Deus
Me explique isso por
que?
Meu Deus
Eu não consigo
entender
Meu Deus
Me explique isso por
que?
Meu Deus
Eu não consigo
entender
Estão dizendo por aí
Que a capoeira não é
mais nossa
Antiguidade não é
posto
E que isso não
importa
Meu Deus...
Andam vulgarizando
A linda palavra
Mestre
Se formando por aí
Muitos deles nem
merecem
Meu Deus...
Falo com Deus todo
dia
Peço em minhas
orações
Que respeitem a
capoeira
Tenham por ela paixão
Meu Deus...
A capoeira é bem
maior
Do que se pensa que é
Treine firme, treine
forte
E ela te dirá quem é
Meu Deus...
Zabelê (Boa Voz)
Teu nego mandou dizer
Pedindo pra esquecer
De tudo o que ele te
fez, por favor
Volta pra cá Zabelê
Volta pra cá Zabelê
Volta pra cá Zabelê
Volta pra cá Zabelê
Que eu quero ficar
com você
Não é sempre que se
consegue
Alguém que te
compreenda
O amor é chama tão
rara
Que talvez nunca se
acenda
Isabel é moça
tranquila
E sempre me
acompanhou
Eu não sei o que foi
que me deu
Que um dia eu deixei
Zabelê
Andei por aí a fora
Sem nunca olhar pra
trás
Até que um dia voltei
E já não te encontrei
mais, Zabelê
E hoje eu toco meu
gunga
Na esperança de te
ver
Entrar por aquela
porta
E nunca mais te
perder, Zabelê
Boa semente (Boa Voz)
Pela ramagem da
árvore
Sei a fruta que ela
dá
Isso é mandinga,
cumpadre
Pode acreditar
Se a fruta é boa
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
Se a fruta é boa
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
A graviola...
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
O maracujá...
Ele dá boa semente
Ele dá boa semente
É pra dar boa semente
Se a fruta é boa
Ela dá boa semente
Ela dá boa semente
É pra dar boa semente
Quadras (Boa Voz)
1.
Meu Mestre me dê
licença
(Meu Mestre me dê
licença)
Pra fazer esse
trabalho
De buscar a sua
essência
Com respeito e
humildade
O motivo dos meus
versos
E da minha cantoria
É lembrar seus
fundamentos
E sua sabedoria,
camarada
Água de beber
ê ê água de beber
camará
Viva meu Deus
ê ê viva meu Deus
camará
Viva meu Mestre
ê ê viva meu Mestre
camará
Faca de furar
ê ê faca de furar
camará
2.
Iê, casca de côco
(Iê, casca de côco)
Que tava no meu
terreiro
Vovó dizia:
Faz lembrar do
cativeiro
Vovó não quer
Casca de côco
Vovó não quer
Casca de côco
Vovó não quer
Casca de côco
Vovó não quer
Casca de côco
3.
Menino não cante à
toa
(Menino não cante à
toa)
Nem vá em toda função
Arrancar ponta de
touro
Quebrar fúria de leão
Nem sempre é a força
que manda
E nem a disposição
A cabeça é pra pensar
Quando o julgo é a
razão
Camarada
ê aruandê
é hora é hora
ai ai galo cantou
4.
Beijo de mulher
cansada
(Beijo de mulher
cansada)
O velho Zuza falou:
Diz que tem gosto de
chumbo
cuidado seu beijador,
camada,
ê aruandê
viva a Deus do céu
é goma de engomar
5.
Água que bate na
pedra
(Água que bate na
pedra)
Nem sempre que bate
fura
Moleque da língua
solta
E velha que tem usura
Põe os dois numa panela
Que desgraça de
mistura, camarada,
ê viva meu Deus
ê aruandê
ê viva meu Mestre
6.
Outro dia ouvi um
caso
(Outro dia ouvi um
caso)
Falando do escorpião
Eita bicho perigoso
Se deixar te morde a
mão
É melhor bater com um
pau
E deixar ele no chão,
camará
ê é hora é hora
iê vamos se embora
Pela barra afora
7.
Vi água de morro
abaixo
(Vi água de morro
abaixo)
Vi fogo de morro
acima
Com eles não há quem
possa
Não tem nada que
combina
O homem de bom juízo
Pede ajuda divina,
camará,
viva Deus do céu
iê aruandê
goma de engomar
iê aruandê
água de beber
8.
E Deus num dá asa à
cobra
(E Deus num dá asa à
cobra)
Quando dá tira o
veneno
Já pensou coral
voando
Em quanta gente
morrendo
Eita bicho peçonhento
Traiçoeiro e imundo
Já estava no paraíso
Quando Deus criou o
mundo, camará
água de beber
iê aruandê
a volta do mundo
iê que o mundo deu
9.
Onça preta lá na mata
(Onça preta lá na
mata)
Avistou um javali
Bicho de presa afiada
Já matou até sucuri
Gavião que se preza
Não dá asa a
bem-te-vi, camarada
é hora é hora
ai ai viva meu Deus
ai ai volta do mundo
iê que o mundo deu
10.
Sou eu que me deito
tarde
(Sou eu que me deito
tarde)
Sou eu que levanto
cedo
Sou eu que já fui
jurado
De jura, não tenho
medo
A fumaça do cachinbo
Descobre qualquer
segredo, camará
ele é mandingueiro
iê aruandê
ai é cabedeê
e viva a Deus do céu
oi faca de furar
11.
Oração de Cipriano
(Oração de Cipriano)
Oração de santo forte
Reza pra quebrar
mandinga
Reza pra livrar da
morte
É reza do capoeira
Que no jogo pede
sorte, camarada
ê é hora é hora
ai ai vamos sem
embora
pela barra afora
e viva a Deus do céu
vamos se embora
Corridos (DP)
Oi sim, sim, sim, oi
não, não, não
Oi sim, sim, sim, oi
não, não, não
Quebra lami comugê
maca
A cobra lhe morde
O senhor São Bento
Vou dizer a meu sinhô
Que a manteiga
derramou
Vou dizer a meu sinhô
Que a manteiga
derramou
ê ai ai ai ai ai
A de lelê
A de lelê
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